Cabe ao corretor de imóveis zelar pelo cliente, com ética e transparência. Sendo assim, ele não pode deixar de cumprir os preceitos básicos do bom atendimento. Segundo Darlan Carlos de Souza, conselheiro do Creci-RJ, os profissionais são orientados a agir com a maior transparência possível na hora da venda. Portanto, não se deve enganar ou esconder nada do cliente. “O corretor deve verificar toda a documentação para ter certeza de que está tudo em ordem. Também é preciso informar os riscos do negócio”, avisa.
No caso de financiamento, deve esclarecer como funcionam o procedimento e todas as suas etapas, além de analisar a documentação pertinente e se certificar de que não vai ocorrer risco ou dano a nenhuma das partes.
“O corretor tem de avaliar todos os detalhes e não pode deixar passar nada. Tem que mostrar os pontos positivos e também os negativos, como se o imóvel precisa de obra, reforma, se tem infiltração, entre outros detalhes.. Tem de falar a verdade”, alerta.
Também é importante verificar se há dívidas relacionadas ao imóvel, inclusive de condomínio.
“Descumprir preceitos éticos podem levar a punição disciplinar, no âmbito do Creci, ou até mesmo a um processo judicial”, adverte Souza. A punição disciplinar vai desde advertências e multas até o cancelamento do registro, dependendo do dano que causar ao cliente.
Uma das principais queixas contra corretores é o profissional sumir com o dinheiro do sinal e não realizar o negócio. “É importante que o corretor não aceite o sinal sem a presença do vendedor. E que o comprador exija a presença da outra parte para entregar qualquer valor ao corretor ou gerente de imobiliária, por exemplo. Se, em último caso, for necessário entregar o dinheiro ao corretor, ele deve ter uma procuração efetiva para isso”, avisa.