Em ocasiões como o upgrade na moradia ou a chegada de mais um filho, é comum os pais se perguntarem se é saudável ter um só quarto para dois filhos. Esse é um assunto que já começa dividindo opiniões: há quem defenda o quarto compartilhado e os que acreditam que autonomia e privacidade andam de mãos dadas.
Para ajudar você a entender um pouco mais sobre esse assunto, elencamos aqui os prós e contras mais citados quando a questão é dividir quarto. Acompanhe!
Compartilhar para aprender a dividir
O conceito parece antagônico, mas não é: os defensores de um só quarto para dois filhos apostam na ideia de que, ao compartilhar o dormitório, as crianças aprendem a dividir — o que é muito importante para a vida. Afinal, ter facilidade na hora de partilhar é benéfico tanto para o cotidiano da criança quanto na sua formação como ser humano.
O lado não tão bom assim dos irmãos dividirem o espaço de dormir é o trabalho que os pais têm para organizar essa convivência, pois cada filho tem sua individualidade e seu jeito de ser. Então, há a necessidade de criar regras eficazes no sentido de promover uma convivência harmoniosa.
Dividir para multiplicar afetos
É isso mesmo: dividir para multiplicar! Fácil de explicar: ao dividirem o mesmo quarto, os irmãos ganham a companhia um do outro. Isso tende a gerar intimidade, cumplicidade e fortalecer os vínculos afetivos entre eles. Longe das vistas dos pais, sem a influência dos mecanismos de competição que há entre irmãos, eles encontram lugar para fortalecer sua amizade fraternal.
Porém, há quem diga que nem sempre é assim. Para muitas pessoas, apostar nas vantagens afetivas da convivência de irmãos no mesmo quarto pode ter efeito contrário ao esperado.
Unir forças contra o medo
Irmãos que dividem quarto costumam se apoiar mutuamente na hora em que sentem medo. Por mais que durante o dia briguem e se desentendam quase o tempo todo, à noite as coisas são bem diferentes. Com um “inimigo” em comum — o medo —, os pequenos unem forças e enfrentam o desafio de estar longe das figuras protetoras dos pais.
O outro lado da moeda, nesse caso, é o risco dessa união comprometer a autonomia da criança. Acostumada a sempre ter companhia, existe a possibilidade dela ter dificuldade, no futuro, de se sentir segura em um quarto só seu.
Aprender a lidar com as diferenças
Em um quarto compartilhado, os irmãos exercitam ainda mais a habilidade de lidar com o diferente, com o outro. Ter a oportunidade de perceber as diferenças que há no irmão e crescer no respeito a essa diversidade é muito enriquecedor.
Aqui a desvantagem fica por conta dos grandes contrastes, aqueles que podem causar transtornos — como quando as idades dos irmãos são muito distantes e cada um deles está em uma fase do desenvolvimento.
Já na adolescência, a diferença de gêneros é o principal fator a atrapalhar a convivência entre irmãos que dividem o mesmo quarto.
Viu só quantas abordagens há para o tema quarto para dois filhos? O ideal mesmo é você refletir sobre o seu caso, pois ele é único, como cada família. O que vale para todas as situações é conhecer bem o perfil dos filhos e o tipo de experiência pretendida para eles. No mais é uma questão de aliar bom senso às possibilidades que se tem.
Seus filhos dividem o quarto ou cada um tem o seu? Deixe um comentário contando a sua visão ou experiência no assunto!